
Desde que começou a crise Europeia, houve oito países Europeus alvo de "bail-out", incluindo três países da zona Euro, que foram alvo de "bail-out" pela troika constituída pelo FMI, pela Comissão Europeia e pelo Banco Central Europeu.
Como parte do pacote em vários dos casos de "bail-out", foi acordada a venda de activos detidos pelo Estado; dado que a Grécia ainda não procedeu a vendas, e no caso da Irlanda a venda de capital do Bank of Ireland foi feita a título privado, não do Estado, ficam três transacções com quatro compradores.
Estas três transacções foram feitas por Portugal: um pequeno banco "falhado", o BPN, que foi vendido a um banco Angolano, o BIC. Um bloco de acções representando 21% do capital da "utility" nacional, a EDP, vendido a uma empresa Chinesa, a China Three Gorges Corporation. Dois blocos de acções da empresa de transmissão de electricidade e gás, a REN, vendidos um (25%) a outra empresa Chinesa, a State Grid, e outro (15%) a uma empresa de Oman, a Oman Oil.
Ou seja, seja por desígnio ou não, a venda de três activos traz quatro pontos ou ligações a realidades não-Europeias: África, Ásia e Médio Oriente, o que reforça a oportunidade para Portugal continuar (ou voltar) a ser um "cais do Mundo". Curioso olhar para o mapa de viagens de há 500 anos atrás, passam pelos mesmos pontos. Vamos ver como se continua a desenrolar a resolução da crise, e se a oportunidade é explorada ao máximo.
PS - Adicionalmente, e fora dos termos de "bail-out", a Galp Energia acordou em Novembro passado a venda de 30% das suas operações no Brasil à China Petrochemical Corporation: outro ponto no cais - e os pontos ou as acções que lhes dão origem não são nem deverão ser propriedade exclusiva do Estado.
Sem comentários:
Enviar um comentário