Quando o Paulo me desafiou para contribuir para este
blog, dias depois de lhe ter dito que não deixasse de contar comigo no sonho
que connosco partilhou, não hesitei em dizer-lhe imediatamente que 'Eu
Ficava!'.
Mais do que dizer que contasse comigo, quis dizer-lhe que acredito mesmo na realização deste sonho que passa pela afirmação de Portugal no mundo, assumindo-se como um dos 'nós' fundamentais de todas as redes de pessoas, bens, capital e conhecimento.
É fácil, para mim, pensar que será possível. Parece-me aliás, ou sobretudo, muito difícil pensar diferente.
Com base naquela que tem sido a minha experiência mais recente ligada à promoção internacional de um sector específico de actividade – o dos serviços de base tecnológica, de valor acrescentado, de tecnologias de informação, comunicação e de processos -,mas com base também em experiências pessoais, académicas e profissionais, fora de Portugal, com contactos com gente de outros ‘nós’, acredito que poderíamos estar a uma distância curta de sermos reconhecidos como um País de referência...
A pergunta que é colocada pelo próprio blog – “Que país queremos ser?” – devería no entanto, parece-me, ser substituída por uma outra: “Que país queremos dizer que somos?”; Ou por outra até: “Que país sabemos dizer que somos?”.
Façamos, pois, um pequeno exercício: assumamos que não sabemos comunicar, falar de nós, contar quem somos, que simplemente não sabemos como fazê-lo, ou que não temos jeito para isso! (e, na verdade, se nos compararmos a povos de outras geografias, Vender é coisa que não dominamos mesmo, isso é certo e não necessariamente ‘mau’…)
Eu já o sei.
Recordo-me de ouvir recentemente líderes máximos de grandes empresas, de grandes multinacionais, a dizer publicamente que, por todos estes factores, “é em Portugal que os meus colaboradores querem trabalhar e é desde Portugal que os meus clientes querem ser servidos”.
Mais do que dizer que contasse comigo, quis dizer-lhe que acredito mesmo na realização deste sonho que passa pela afirmação de Portugal no mundo, assumindo-se como um dos 'nós' fundamentais de todas as redes de pessoas, bens, capital e conhecimento.
É fácil, para mim, pensar que será possível. Parece-me aliás, ou sobretudo, muito difícil pensar diferente.
Com base naquela que tem sido a minha experiência mais recente ligada à promoção internacional de um sector específico de actividade – o dos serviços de base tecnológica, de valor acrescentado, de tecnologias de informação, comunicação e de processos -,mas com base também em experiências pessoais, académicas e profissionais, fora de Portugal, com contactos com gente de outros ‘nós’, acredito que poderíamos estar a uma distância curta de sermos reconhecidos como um País de referência...
A pergunta que é colocada pelo próprio blog – “Que país queremos ser?” – devería no entanto, parece-me, ser substituída por uma outra: “Que país queremos dizer que somos?”; Ou por outra até: “Que país sabemos dizer que somos?”.
Façamos, pois, um pequeno exercício: assumamos que não sabemos comunicar, falar de nós, contar quem somos, que simplemente não sabemos como fazê-lo, ou que não temos jeito para isso! (e, na verdade, se nos compararmos a povos de outras geografias, Vender é coisa que não dominamos mesmo, isso é certo e não necessariamente ‘mau’…)
Depois, passo seguinte deste exercício, desta estratégia
de divulgação e promoção de Portugal com vista ao seu reconhecimento no radar
internacional, convidemos alguns representantes da comunidade internacional que
por cá passa ou passou, trabalha ou trabalhou, vem e vai ou veio e ficou, a
falar de Portugal, por nós.
E, então, ouçamos e vejamos como o fazem e o que do
nosso País dizem.
Eu já o sei.
Dizem que temos recursos qualificados, que
universidades cada vez mais dotadas ecapacitadas produzem anualmente e que são
considerados dos mais inovadores e profissionais, com domínio ímpar de línguas
estrangeiras e capacidade nata para a integração em ambientes de trabalho
multi-culturais. Dizem que Portugal, fruto de investimentos recentes, se
destaca entre os seus pares pela qualidade e robustez das suas infra-estruturas
tecnológicas e de comunicação. Dizem que Portugal é líder mundial em
eGovernment, por exemplo.
Mas também dizem que Portugal tem um ambiente
doméstico maduro, tranquilo. Que Portugal tem infra-estruturas e serviços
modernos, que funcionam. Que Portugal se posiciona num time-zone ideal como plataforma intercontinental. Que Portugal tem
ligações incontornáveis com regiões emergentes do mundo, mercados e sociedades
crescentemente apetecíveis, e pode ser a plataforma para lá se chegar. E que
Portugal tem uma gastronomia, uma cultura e riqueza históricas, tão ricas e tão
apetecíveis. E, sendo tantas vezes visto como ‘menor’ mas sem dever de todo ser
visto assim, dizem que Portugal tem um clima e um sol e umas praias que ‘só
nós’ não invejamos diariamente…
Recordo-me de ouvir recentemente líderes máximos de grandes empresas, de grandes multinacionais, a dizer publicamente que, por todos estes factores, “é em Portugal que os meus colaboradores querem trabalhar e é desde Portugal que os meus clientes querem ser servidos”.
Não pode, portanto, estar longe a concretização do
nosso sonho. Não deve…
Ou estará, se definitivamente só o quisermos sonhar e
não focarmos na implementação urgente de uma estratégia concreta de promoção
internacional de Portugal, baseada em factos reais, com recurso a bons
endorsements – porque não??
Porque metade do caminho que nos falta fazer estaría
feito se o mundo simplesmente soubesse o que já verdadeiramente somos e temos, e
teríamos necessariamente muito mais gente e empresas a olhar para nós, a querer
estar connosco.
E o 'nó' estaría bem dado.
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